Bem,
espero que esta pequena história que eu contei sirva para compreender melhor o
que aquela visão, aquela revelação possa ter sido.
Temos assim uma melhor ideia do que poderá ter acontecido, o que ele narrou
realmente, e outra coisa: a razão de ser dos dias.
Quando pensei em escrever a história do que o observador viu, imediatamente
considerei o dilema dos sete dias. E pensei: E se os sete dias não foram os de
Deus, mas sim os do observador? Ou os dois? Outra vez um "e se...".
E sim, faria sentido. É muita informação para ser recebida num dia, e além disso,
se foi dada ao observador em sete sessões, poderíamos considerar que a narrativa
foi contada em sete dias. Talvez tenha sido o caso, pois Deus pode ter desejado
criar a necessidade de dividir a narrativa em dias, porque há uma razão para os
sete dias - de um ponto de vista religioso - que vamos discutir de seguida.
Vejamos, então, o lado religioso da história.
A primeira coisa que o autor sagrado nos diz é: "No princípio Deu criou os Céus
e a terra", nesta frase ele dá-nos a chave que que podemos usar para compreender
o texto, ao mesmo tempo que tenta explicar a síntese de tudo o que irá descrever
em detalhe. Vimos que ao referir os céus e aterra ele tenta integrar tudo, tudo
o que existe; ...